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Luciano Azem
Comentário · há 6 anos
Uma coisa não tem relação com a outra.

Não quero adentrar na esfera política. Me limitarei à parte jurídica do fato.

Vamos lá.

Por um lado, temos que o voto é livre. E, por ser livre, significa que o eleitor pode e deve exercê-lo de acordo com a sua consciência, independentemente de qualquer influência externa.

Ora, se o empregador ameaça demitir 15 mil empregados caso o candidato da preferência dele não vença, seus empregados não terão liberdade suficiente para votar em quem entenderem. Vão votar para tentar preservar seus empregos.

É o famoso, antigo e execrável "voto de cabresto".

Isso atenta contra a liberdade do eleitor.

Os casos do
bolsa família e do SERASA são distintos.

O bolsa família é uma política de governo (boa ou ruim, fica ao seu critério). Portanto, medida de caráter discricionário, sendo impossível que o Judiciário faça qualquer análise de mérito.

Já a questão do SERASA, se trata de um projeto de campanha, que também tem caráter discricionário. O Judiciário também nada pode fazer.

Uma coisa é o patrão pressionar os empregados a, abrirem mão de sua liberdade eleitoral, e os forçar a votar em seu candidato preferido. Nesse caso, é bastante claro que cabe ao Judiciário rechaçar a ameaça de lesão a direito.

Outro caso, bem diferente, é o Judiciário enfrentar políticas públicas, cuja análise de conveniência é de competência exclusiva do Executivo. Nesse caso, eventual interferência do Judiciário seria ilegal e violaria a separação dos poderes.

Novamente, não quero entrar no mérito politico. Obviamente, você tem o direito em quem você quiser e eu não tenho o direito (nem pretendo) de tentar influenciar na sua decisão.

Espero ter contribuído. Abraços.
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Luciano Azem
Comentário · há 9 anos
Não sou socialista e, por consequência, não sou comunista.
Mas, me pergunto: por que as pessoas usam um hipotético avanço do socialismo/comunismo como justificativa para um golpe militar?
Ora, se o povo democraticamente elegeu um governante socialista, essa escolha deve ser respeitada.
Qualquer tentativa de se retirar à força um governante eleito pelo povo é golpe. Falar intervenção é mero eufemismo.
Falar em maioria do povo não dar apoio ao governante eleito é alterar a verdade dos fatos, já que a Presidente ganhou a eleição.
No mais, é muita falta de conhecimento achar que o atual governo federal é socialista, comunista ou pretende impor uma ditadura comunista.
Primeiro, porque é impensável um governo comunista aceitar os lucros astronômicos que os bancos têm hoje em dia, o que demonstra que o atual governo federal é, de fato, capitalista.
Segundo porque nunca vi uma ditadura com tanta liberdade de expressão como há hoje em dia. Vivemos numa época em que se pode falar mal, zombar, fazer piada e até mesmo achincalhar a Presidente da República que seu direito de se expressar é garantido.
Terceiro, porque trata-se de uma época em que a liberdade de imprensa é amplamente praticada no país.
Com o perdão do trocadilho, veja-se o caso da revista Veja: há 12 anos bate no governo federal, sem que uma linha de censura lhe fosse aplicada.
A atual Presidente não mandou fechar, bater ou prender ninguém. Ao contrário: se socorreu do Judiciário para tentar tirar a revista do ar antes da eleição, por suposta propaganda eleitoral por veículo proibido, argumento que foi aceito pelo TSE (sobre este assunto, podemos concordar ou discordar da decisão do TSE, mas não se pode negar que foi decidida de forma democrática.).
Os eleitores que não gostam do atual governo devem aprender a perder . A vitória do PT (que, por sinal, não é meu partido, nem foi minha opção de voto) ocorreu segundo os ditames democráticos. A decisão do povo deve ser respeitada. Qualquer outra é fazer apologia a um golpe militar, o que vai contra a vontade declarada do povo nas eleições de outubro.
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